Lake Bell |
Talvez eu possa vir a me interessar por minhas cicatrizes de
modo igual ou, se não, de modo que trave algum parentesco a como minha mãe me
mostrava e ainda às vezes mostra as queimaduras de passar roupa ou de cozinhar
ou sua tatuagem no tornozelo. Menos por uma suposta gravidade absoluta supostamente
intrínseca a “uma certa mulher chamada mãe”, que pelo mistério desde priscas
eras de uma rosa mínima no tornozelo que faz acenar o verde o vermelho e o espinho o
caule e todo o seu movimento contido na cor na pele (e as rugas da corola que
são algo um rosto de algum modo traçando algo uma expressão inadivinhável) e de um
corpo que funciona de modo diferente do meu, cicatrizes não-extraordinárias,
que ignoram ou de todo modo não se valem de coisas como soberanas fantasias de amor conjugal frustrado tórrido com desenlace
estúpido num cigarro me beijando o antebraço, mas de algo tão imperativo e
impessoal quanto o café da manhã e ainda conservar um mistério que não posso
pronunciar.
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