isso não dói
espremida a dor da dor
exprimi toda dor em sim
isso não dói
isso não dói
espremida a dor da dor
exprimida a dor em sim
isso não dói
isso não dói
espremida a dor da dor
exprimida a dor em sim uníssono
isso não dói mais
isso não dói
espremida a dor da dor
exprimida a dor em sim uníssono
isso não dói mais do que doeria
isso não dói
espremida a dor da dor
exprimida a dor em sim uníssono
isso não dói mais do que doeria
se nada doesse isso assim
domingo, 25 de outubro de 2015
domingo, 18 de outubro de 2015
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Poema de Amor IX
amo as vulvas turvas
muitas vezes
vi as veias verdes
dos seus seios
quis beber o sangue
ou o leite
ou o suor
ou a saliva
que você babava
quis tudo que cê secretava
a porra dos outros caras
todas as palavras silvadas
dos lábios úmidos
dos dentes secos espantados
quis todo o silêncio
do que cê não contava
cada segredo sem palavra
todas as lágrimas choradas
orgasmadas do inferno da cara
me odiasse matasse arrebentasse sem amar
que eu não corria que eu não podia que eu não queria
te recebo te celebro te mastigo
os lábios encharcados
alma glabra
em minha boca
quis minha vida velha toda
bela pouca e boa
alma doce amarga glabra pele calma.
muitas vezes
vi as veias verdes
dos seus seios
quis beber o sangue
ou o leite
ou o suor
ou a saliva
que você babava
quis tudo que cê secretava
a porra dos outros caras
todas as palavras silvadas
dos lábios úmidos
dos dentes secos espantados
quis todo o silêncio
do que cê não contava
cada segredo sem palavra
todas as lágrimas choradas
orgasmadas do inferno da cara
me odiasse matasse arrebentasse sem amar
que eu não corria que eu não podia que eu não queria
te recebo te celebro te mastigo
os lábios encharcados
alma glabra
em minha boca
quis minha vida velha toda
bela pouca e boa
alma doce amarga glabra pele calma.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Toda história
Exclui
O circunstante ignorante
Ou o torna a par
De sua soberania
Ignorando
Sua história
Seu rebotalho
Seu nada
Tão nada
Quanto a soberania
Da sabedoria
Ignora
A prova de vida
O silêncio
A dúvida
A incerteza
A tristeza
A alegria
A lágrima
A euforia
A liberdade.
Não me pergunte como estou
Eu não estou
Como eu tenho andado
Eu não tenho andado
O que eu tenho feito
Eu não tenho feito
Nada se conhece
E isso não seria mau
Se tudo não parecesse tão ignorado.
sábado, 3 de outubro de 2015
medo da mariana
Sittin' here resting my bones
and this loneliness won't leave me alone
Otis Redding
NÃO SENDO MEDO DE FICAR SÓ
ESTAMOS SÓS O TEMPO TODO
MAS MEDO DE NÃO CONSEGUIR SUPORTAR FICAR SÓ
OU
SE FORMOS PELO MACALÉ
QUE HÁ SEMPRE AO MENOS VOCÊ COM VOCÊ
ENTÃO É SIM MEDO DE FICAR SÓ
PORQUE NUNCA SE ESTÁ SÓ
E SE ACONTECE QUE ME SINTA SÓ
É QUE NÃO ESTOU SACANDO
ISTO É
SENTINDO
QUE COMIGO
ESTÁ EU
TAMBÉM
QUE EU
"É VOCÊ
VOCÊ
E VOCÊ."
(o quequandocomo suscita isso?
essa suma cegueira
de tudo quanto é sentido?)
EU NÃO SOU SÓ EU
"EU É UM OUTRO"
"E OUTRO
E OUTRO
ENFIM DEZENAS
TRENS PASSANDO
VAGÕES CHEIOS DE GENTE
CENTENAS"
SE EU SOU SÓ EU
SUPLÍCIO MÁXIMO
FADO EXASPERADO
SOLIDÃO IMPOSSÍVEL
OBSCURA COMO UM FATO
VIVIDA COMO QUEM SENTE A VIDA
NUNCA AINDA AQUI.
SOLIDÃO
A
PAVÓ
ORÁ
TUDO DEMORAN
DO EM SER
TÃO RUIM
MAS ALGUMA COISA ACONTÉ
CE
NO QUANDO AGÓ
RA EM MIM
CANTAN
DO EU MAN
DO A TRISTÊ
ZA EMBÓ
ORÁ.
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