amo as vulvas turvas
muitas vezes
vi as veias verdes
dos seus seios
quis beber o sangue
ou o leite
ou o suor
ou a saliva
que você babava
quis tudo que cê secretava
a porra dos outros caras
todas as palavras silvadas
dos lábios úmidos
dos dentes secos espantados
quis todo o silêncio
do que cê não contava
cada segredo sem palavra
todas as lágrimas choradas
orgasmadas do inferno da cara
me odiasse matasse arrebentasse sem amar
que eu não corria que eu não podia que eu não queria
te recebo te celebro te mastigo
os lábios encharcados
alma glabra
em minha boca
quis minha vida velha toda
bela pouca e boa
alma doce amarga glabra pele calma.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
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