quarta-feira, 7 de abril de 2010

Poema de Amor III

Hoje, vi na rua
Uma barriga igual a sua
(Em verdade, na orla)
E os peitos eram iguais aos seus.

O rosto era outro, todo diferente
Que impedia engano,
e que me envergonhasse chamando seu nome,
Mas, me ocupando do que me ocupava,
Imaginei nela sua fronte.

Por onde anda você
Seu corpo exausto e hostil
atravessando o chão?

O tempo que você ria
quando eu mastigava ao sol
seu som de alecrim?

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